Angelo Ximenes prestigia solenidade em homenagem aos 50 anos da Embrapa
A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) realizou, na noite desta quinta-feira (6), sessão solene em homenagem aos 50 anos das unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) presentes no Estado: Pantanal (em Corumbá), Gado de Corte (em Campo Grande) e a Agropecuária Oeste (em Dourados). O presidente do Sindicato Rural de Dourados, Angelo Ximenes, prestigiou o evento.
"A Embrapa é uma importante instituição para o agronegócio, para o País, na viabilização de soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação para a sustentabilidade da agricultura, em benefício da sociedade brasileira", destacou o presidente do Sindicato Rural.
O evento foi proposto pelo deputado Neno Razuk (PL), que reforçou que a Embrapa é uma das entidades mais importantes do Brasil. “Nós ficamos muito felizes, porque é uma instituição que colabora muito para o desenvolvimento de novas tecnologias e, assim, para o desenvolvimento e pioneirismo do nosso Estado. Então nada mais justo do que fazer essa homenagem a essa empresa que tanto colabora e traz ao nosso povo”, explicou o parlamentar.
Foram homenageadas: Eliete do Nascimento Ferreira, Júlio Aparecido Leal, Júlio César Salton, Gessí Ceccon, Ecila Carolina Nunes Zamperieri Lima, Ari da Silva Charão, Edson Espíndola Cardoso, Valéria Pacheco Euclides, Wibert de Avellar, Henrique de Jesus, Luiz Edevaldo Macena de Britto e José Aníbal Comastri Filho.
A solenidade foi aberta ao público e à imprensa e contou também com a presença do deputado Coronel David (PL), do vice-governador Barbosinha (PP), do presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf), Marcus Vinícius Sidoruk, o presidente da Famasul, Marcelo Bertoni e o desembargador Odemilson Fassa, que compuseram a mesa de autoridades.
História e relevância social
Criada em 26 de abril de 1973, a Embrapa atua por meio de 43 Centros de Pesquisa. Da criação até o momento, a safra de grãos cresceu, exponencialmente. Também houve aumento na produção e na produtividade da pecuária bovina, suína, caprina, ovina e avícola. A oferta de leite, couro, pele, embutidos, queijo e ovos seguiu o mesmo caminho, bem como em hortaliças, frutas, flores, fibras e essências florestais.
Por sua vez, o balanço social de 2022 mostra que a Embrapa ofereceu ao País um lucro social de R$ 125,88 bilhões, apurado com base nos impactos de uma amostra de 172 tecnologias, analisadas nesta 26ª edição.
Harley Nonato, chefe-geral da Embrapa Agropecuária Oeste explica que desde 1997 a Embrapa entrega, anualmente, à sociedade, o Balanço Social, “que é uma forma de manifestar qualitativa e quantitativamente os compromissos da Empresa e sua capacidade de proporcionar bem-estar aos empregados, aumentar a riqueza produtiva e tecnológica do País, diminuindo assim as desigualdades sociais”. Em 26 anos, o retorno à sociedade para cada real aplicado na instituição saiu de R$ 3,66 para R$ 34,70, em 2022.
Sobre Embrapa Agropecuária Oeste
As atividades desenvolvidas pela Unidade em Dourados começaram com o melhoramento genético e no desenvolvimento de cultivares/variedades adaptadas às condições locais. As pesquisas se concentraram em culturas como arroz, feijão, milho, algodão e, especialmente, nas de soja e trigo, com destaque para a publicação, em julho de 1975, do documento Sistemas de Produção de Soja e Trigo, base técnica de consultas.
A partir da década de 80, novos projetos foram elaborados, focados em sistemas de produção e não apenas em culturas isoladas. Trabalhos desenvolvidos em parceria com os produtores resultaram no Sistema Plantio Direto (SPD). Com atuação ecorregional, hoje, entre os estudos desenvolvidos, destacam-se: consórcio milho-braquiária, soja, cana-de-açúcar, culturas de inverno e plantas de cobertura, além trabalhos de validação do algodão, mandioca, trigo, aveia e sorgo e testes de viabilidade e potencial produtivo de girassol, amendoim, feijão, feijão-caupi e grão-de-bico.
Sobre Embrapa Gado de Corte
Em 1977, quando foi fundada, o rebanho bovino do País possuía pouco mais de 107 milhões de cabeças. A produtividade da bovinocultura de corte, além de baixa, não apresentava crescimento e não atendia aos mercados interno e externo. Para mudar a realidade foi necessário investir em pesquisa.
Entre as principais entregas destacam-se cultivares de forrageiras lançadas dos gêneros brachiaria, panicum e estilosantes. No Brasil, cerca de 80% das sementes de forrageiras comercializadas são de cultivares oriundas de projetos de melhoramento coordenados pela Unidade. Além dos trabalhos com melhoramento genético animal, iniciados desde a fundação em 77, protocolos nutricionais, sanitários e de sistemas de produção, e a chegada da pecuária de precisão.
Sobre Embrapa Pantanal
A Unidade de Corumbá concentra suas pesquisas no bioma que é a razão de sua existência. Cenário de uma rica biodiversidade, o Pantanal precisa ser explorado de maneira sustentável. As pesquisas são realizadas para gerar informações e tecnologias que preservem e conservem os recursos naturais (flora, fauna e solos) da região; e aumentar a produtividade e lucratividade dos sistemas produtivos pantaneiros.
Com visão conservacionista, as principais áreas em que a Embrapa Pantanal desenvolve estudos são: flora e paisagens do Pantanal, impactos ambientais, queimadas, apicultura, pecuária de corte, recursos pesqueiros, pesquisas ecológicas de longa duração e recursos hídricos.
*Com informações da Assembleia Legislativa e Embrapa