Sindicato Rural de Dourados-MS

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Chuva atrasa colheita da soja e compromete plantio da safrinha, diz Angelo Ximenes

Angelo Ximenes é engenheiro Agrônomo, diretor da Coperplan e presidente do Sindicato Rural de Dourados

A colheita da safra de soja está em andamento em todo o país e apresenta desafios em diferentes regiões. No Mato Grosso do Sul, as chuvas em excesso têm atrasado a colheita e pouco mais da metade foi colhido até agora, conforme o presidente do Sindicato Rural de Dourados, Angelo Ximenes. Isso dificulta a semeadura da safrinha do milho, que está atrasada.

"Temos até agora próximo de 55% da safra colhida de soja e de semeadura de milho algo em torno de 30%", informou o presidente do Sindicato Rural. Ainda não se fala em perdas na produção, mas o atraso no plantio da safrinha, segundo ele, já é contabilizado pelos produtores rurais.

Nos mês de fevereiro houve recorde de precipitação, com grande dificuldade de colheita, contudo não há perda de produtividade. O que preocupa, segundo o presidente do Sindicato Rural de Dourados, é a safrinha, que já está comprometida quanto à época de semeadura.

O maior atraso na colheita de soja está na região central de Mato Grosso do Sul, onde as chuvas têm sido mais intensas justamente na época da colheita. A região norte está com a colheita mais avançada.

Uma grande preocupação, ainda de acordo com Angelo Ximenes, é quanto a chuva nos meses de abril e maio que pode ser escassa. "Abril a previsão é de baixa precipitação. Além disso, este ano há possibilidade de temperatura menor e o milho abaixo de 15ºC não desenvolve", diz o presidente do Sindicato Rural de Dourados.

Embora a semeadura da safrinha do milho esteja atrasada, Angelo Ximenes diz que não há possibilidade do produtor recuar, já que a aquisição de insumo é feita de forma antecipada, planejada. A expectativa, segundo ele, é que se tenha chuva suficiente para germinação do grão, bem como para o pré-florecimento. Com isso, o milho terá condição de alcançar boa produtividade, com 80 a 100 sacas por hectare.

O momento é de alerta ao produtor, uma vez que a previsão do tempo para os próximos dias continua a marcar tempo instável, com grandes volumes de chuvas.