Dourados busca inclusão de terminal da Ferroeste no município
Os modais de transporte são essenciais para o desenvolvimento econômico. Em função do anúncio de investimentos na Nova Ferroeste, do Porto de Paranaguá (PR) até Maracaju (MS), passando por Dourados, o prefeito Alan Guedes estuda junto a sua equipe técnica a possibilidade de incluir um terminal no município, até então não previsto no projeto inicial.
"Estamos preparando dentro da análise de viabilidade que a Ferroeste apresenta, estudos para desapropriação no entorno do traçado para que possamos oferecer no futuro pra iniciativa privada alternativa de uma área para possível implantação de um terminal, porto seco", disse o prefeito Alan.
"Estamos trabalhando e conversando com operadores logísticos para entender quais os critérios que ajudarão a ter um terminal, por isso estamos confiantes que Dourados poderá ter", destacou Guedes, que participou na noite desta segunda-feira (16) na Expoagro da audiência pública que tratou sobre os resultados do Estudo de Impacto Ambiental da Nova Ferroeste.
O evento, promovido pelo Governo do Paraná em parceria do Governo de Mato Grosso do Sul, contou com a participação de técnicos do Ibama e equipe da Ferroeste. O analista ambiental Antônio Borges, representando a diretoria do Ibama, apresentou os estudos elaborados nos dois estados.
No Mato Grosso do Sul, conforme o projeto inicial, a expectativa é a de que sejam construídos dois terminais, nas cidades de Amambai e Maracaju. Segundo o presidente do Sindicato Rural de Dourados, Angelo Ximenes, a Ferroeste vai contribuir no escoamento da produção, reduzir custo de transporte, agregar mais valor aos produtos agrícolas e vai permitir a diminuição do fluxo de carretas nas estradas. O consumidor final também será beneficiado pela redução dos produtos.
A ferrovia terá trajeto em áreas rurais nos oito municípios que passará por Mato Grosso do Sul e 41 do Paraná. Em Dourados os trilhos serão instalados na região de Picadinha rumo a Maracaju.
Conforme o cronograma, após a apresentação dos estudos de impacto ambiental que vai ocorrer em outras audiências públicas neste mês de maio, em cidades do Paraná, o próximo passo é a de levar o projeto a leilão na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) no segundo semestre deste ano. O investimento é de R$ 29,4 bilhões. A empresa ou consórcio vencedor fará a obra e poderá explorar a ferrovia por 70 anos. Os ramais são parte do edital de concessão.