Mais Agro, Menos Ideologia e desrespeito
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio de Mato Grosso do Sul cresceu 32% no último ano
Um assunto negativo repercutido há dois anos, contra o agro, voltou à tona nas redes sociais. A proposta, que sugeriu "menos agro e mais veado" contrapõe aos trabalhos que vem sendo realizados por produtores rurais, em específico na região da Grande Dourados.
A frase provocativa, porém, desconsidera totalmente a importância crucial que o setor tem para Mato Grosso do Sul e para o Brasil como um todo. Trata-se de uma visão simplista e ignorante, que não leva em conta os dados, a realidade econômica e a sustentabilidade que já faz parte do agronegócio sul-mato-grossense.
Números que Falam por Si
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio de Mato Grosso do Sul cresceu 32% no último ano, o maior crescimento entre todos os estados brasileiros. Para comparação, Tocantins cresceu 25,6%, Mato Grosso 23,5% e o Paraná 22,9%. Esses números não surgem do nada. Eles são fruto de políticas consistentes e uma forte capacidade produtiva, que não apenas garantem o sustento de milhares de famílias, mas também colocam Mato Grosso do Sul na vanguarda do desenvolvimento econômico do Brasil. Diminuir o papel do agro para qualquer outra agenda é ignorar o principal motor de desenvolvimento sustentável da região.
Mais agro: Mais Empregos e Geração de Renda
Enquanto certos setores pedem por "menos agro", é o agronegócio que emprega diretamente 150 mil trabalhadores em Mato Grosso do Sul, além de garantir empregos indiretos em setores como logística, comércio e serviços. É um dos principais responsáveis por manter a economia do estado forte, mesmo em meio às adversidades climáticas, como a estiagem recente.
No cenário agrícola, Mato Grosso do Sul representa 7,6% da produção agropecuária nacional, com destaque para culturas como a soja, que sozinha ocupa 13,818 milhões de toneladas na projeção de safra para 2024, mesmo diante de desafios climáticos. O estado ainda contribui significativamente para a produção nacional de milho (12,3%) e algodão (1,8%). Esses dados colocam Mato Grosso do Sul em posição de destaque global na produção de alimentos, sustentando não só o Brasil, mas diversas outras nações.
Mais Agro, Mais Meio Ambiente e Sustentabilidade
É igualmente revoltante a ideia de que o agronegócio seja sinônimo de destruição ambiental. A realidade é que Mato Grosso do Sul já opera sob um dos marcos regulatórios ambientais mais rigorosos do mundo. Temos 66% de vegetação nativa preservada, e o estado é reconhecido por adotar práticas de produção sustentável. Não há como dissociar o agronegócio da proteção ambiental, como é frequentemente sugerido. A agricultura moderna não só coexiste com o meio ambiente, como depende dele. O estado protege biomas como o Pantanal com uma legislação exemplar, que alia crescimento econômico à preservação ambiental.
São duas coisas que caminham juntas: produção e sustentabilidade ambiental. Mato Grosso do Sul é destaque no agro sustentável, e vamos continuar trabalhando para avançar em infraestrutura e logística para escoar essa produção. Em outras palavras, o crescimento do agronegócio aqui não se dá às custas do meio ambiente, como muitos querem acreditar, mas sim ao lado dele.
Mais Agro, Menos Ideologia
A frase "menos agro" não só reflete desinformação, mas também desrespeita o trabalho árduo de milhões de produtores e trabalhadores que, todos os dias, garantem que o Brasil continue sendo um dos maiores fornecedores de alimentos do mundo. A ideia de diminuir o agronegócio em favor de uma agenda ambiental que já está incorporada ao setor é absurda. Mato Grosso do Sul é um estado que mostra que é possível produzir em larga escala e, ao mesmo tempo, proteger o meio ambiente.
A liderança de Mato Grosso do Sul no agronegócio não é fruto de sorte ou de políticas isoladas, mas de um esforço contínuo para integrar produção e sustentabilidade. O agronegócio é o pilar central da economia sul-mato-grossense, e qualquer sugestão de “menos agro” é um ataque direto à nossa prosperidade e ao nosso futuro. O estado não pode se dar ao luxo de abrir mão do que faz de melhor, e o Brasil não pode ignorar o papel fundamental que o agro desempenha para a segurança alimentar global.
Portanto, o caminho é claro: mais agro, mais empregos, mais desenvolvimento e mais proteção ao meio ambiente.
Sindicato Rural de Dourados