Milho safrinha: prejuízo duplo para quem fez venda antecipada, diz Ângelo Ximenes
Nesta sexta-feira (16) o Jornal da Hora entrevistou o engenheiro agrônomo, presidente do Sindicato Rural de Dourados, Ângelo Ximenes, que falou sobre o agronegócio da região, e as consequências das geadas para o milho safrinha.
As geadas registradas em todo estado nos últimos dias de junho e início de julho, prejudicaram as lavouras, que estavam na época de plantação de milho, o chamado "milho safrinha". Segundo o presidente do Sindicato, essa foi a terceira geada mais forte registrada nas últimas décadas. "A geada mais forte que teve foi em 1975, a segunda foi nos anos 2000 e a terceira mais forte foi essa de 2021. Foi muito pesada e nós vamos ter sérios problemas na produção do milho".
Além disso, ele explica que normalmente, o agricultor compromete com a cooperativa, indústrias e em contratos de milho futuro, aproximadamente 30% do mercado futuro da safra, e principalmente quem vendeu antecipadamente, acabou prejudicado. "Eu acredito que em muitos casos, os agricultores não vão ter esse milho para entregar, e as indústrias vão querer corrigir o valor. Na época, fizeram o milho de R$35 a R$ 40 reais, e hoje o milho está a R$ 85 reais. Então, tem um déficit de R$ 50 reais por saca", revelou.